VIVENDO NA TERRA
DO NUNCA
Em
uma tarde de novembro de 2014, ao final de mais um dia de trabalho, me reuni
com Emmanuel Manollo (designer e DJ) e o “grego” Nicolas Gomes (repórter fotográfico,
guitarrista e videomaker) para entrevistar o paulista João Antônio Simões dos
Santos, que se autointitula Peter Pan. Da mesma forma que o personagem criado
pelo escocês James Matthew Barrie, João Antônio parece ter se recusado a
crescer e a assumir as responsabilidades típicas de uma vida adulta. Ele aparenta
preferir continuar vivendo em sua própria Terra do Nunca. Porém, sua vida nunca
foi maravilhosa como a história que ganhou o mundo depois da adaptação para
cinema feita pelos estúdios de Walt Disney. Ao contrário dos sonhos e
aventuras, o Peter Pan que nasceu em Angatuba – e completa 59 anos em março –
experimentou sofrimento, necessidade e abandono. Apesar de sobreviver nas ruas,
pode-se considerar que João Antônio tem uma faceta que pode até ser considerada
heroica. A princípio frequentando bibliotecas em São Paulo e depois recolhendo
livros descartados por outras pessoas, ele construiu uma bagagem cultural
surpreendente. Ávido leitor e dotado de raciocínio ágil, ele não se furtou a
esgrimir golpes verbais afiados como respostas a perguntas com as quais não
simpatizou. Convido vocês a conhecerem um pouco do que Peter Pan tem a dizer. (Roberto
Homem - robertohomem@gmail.com)
SUPERPAUTA – Você é
conhecido por qual nome?
PETER PAN – Peter Pan.
SUPERPAUTA – O que você
faz da vida?
PETER PAN – Costumo tocar
flauta. Sou um músico natural.
SUPERPAUTA – Quer dizer
que você nunca estudou música. Aprendeu com a vida.
PETER PAN – Graças a
Deus.
SUPERPAUTA – Por que o
apelido de Peter Pan?
PETER PAN – Digamos que
foi a noção nostálgica da humanidade que tentou dar um nome cabível a mim.
SUPERPAUTA – Além da
flauta, seria também porque você gosta de usar boina? Peter Pan, o outro, usava
um chapeuzinho verde com uma pena vermelha.
PETER PAN – Ninguém
consegue controlar o destino. O destino me deu este apelido e eu não quero
mudar.
SUPERPAUTA – Há quanto
tempo você é Peter Pan?
PETER PAN – Há mais de
vinte anos.
SUPERPAUTA – Você gosta de
ser Peter Pan?
PETER PAN – Eu acho que
não conseguiria ser outra coisa.
SUPERPAUTA – Você
realmente se acha Peter Pan.
PETER PAN – Não. Eu sou o
Peter Pan. Eu não me acho, eu sou. Mais do que Michael Jackson e outros bichos
por aí.
SUPERPAUTA – Michael
Jackson foi acusado de gostar de crianças de uma forma não recomendável, que
resvalava na pedofilia. E você?
PETER PAN – Dizem que
Michael Jackson usava as crianças. Eu gosto de ver que existem crianças. Para
mim elas são apenas crianças, e não objeto de desejo. Aliás, nem com velha
tenho me relacionado, quanto mais com crianças. O sexo não me atrai. Já me
livrei desta cruz que vocês gostam de carregar.
SUPERPAUTA – Qual a sua
idade?
PETER PAN – Cinquenta e
sete anos. (NOTA: Ele tinha esta idade em
2014)
SUPERPAUTA – E já abdicou
do sexo?
PETER PAN – Já. Você sabe
o que o Nirvana? Eu já cheguei lá. Quando o homem consegue se realizar nos seus
próprios sonhos e pesadelos, a carne é apenas um modo de ele continuar vivo. Já
não representa tanto.
SUPERPAUTA – Quer dizer,
no seu caso, que a carne pode continuar flácida sem problema.
PETER PAN – Também não é
o caso. Não existe flacidez onde a dureza é permanente. “Hay que endurecerse,
pero sin perder la ternura jamás”. Se eu fosse um bancário que me seduzisse
pelos milhões, eu deixaria de ser bancário e me tornaria um ladrão.
SUPERPAUTA – Vamos voltar
um pouco no tempo, na época em que você ainda não era Peter Pan. Qual o nome
com o qual você foi registrado?
PETER PAN – João Antônio
Simões dos Santos. Nasci em Angatuba, São Paulo. Foi a única cidade paulista
que votou contra o uso de armas.
SUPERPAUTA – Nunca ouvi
falar nesta cidade. Fica perto de onde?
PETER PAN – Rodovia
Raposo Tavares, km 205. Embora ninguém me conheça na cidade, todo mundo me
conhece. Se eu chegar lá, ninguém me conhece, mas todo mundo sabe quem eu sou.
SUPERPAUTA – Como foi a
infância de João Antônio lá em Angatuba?
PETER PAN – Eu engraxava
sapatos, vendia pirulitos...
SUPERPAUTA – Seus pais
trabalhavam em que?
PETER PAN – Meu pai era
pescador. Ele e minha mãe frequentavam a igreja católica. Eu também frequentei.
Até meus sete anos, eu era uma criança que pouco sabia da vida. Meu pai, nessa
época, fugia. Ele era antirrevolucionário. Na verdade, ele não defendia nenhum
dos lados. Não queria a revolução, mas apenas viver a vidinha dele. Ele nem
entendia direito o que estava acontecendo no país.
SUPERPAUTA – E sua mãe,
fazia o que?
PETER PAN – Tentava me
matar. Eu me defendia.
SUPERPAUTA – Por que ela
tentava lhe matar?
PETER PAN – Por que eu
chorava muito. Eu era recém-nascido.
SUPERPAUTA – Me corrija se
tiver interpretado errado: você nasceu em um momento inoportuno. O casamento já
tinha acabado...
PETER PAN – Já sabe tudo!
Estou começando a achar que você sabe demais.
SUPERPAUTA – É que eu sou
vidente.
PETER PAN – Evidentemente
você é vidente. Evidentemente...
SUPERPAUTA – Esqueci de
lhe dizer que sou quiromante, cartomante... Você também lê mãos?
PETER PAN – Longo caminho
da linha da vida. Vai viver muito, faz até a curva! Aqui é a linha do amor. Foi
traído, mas tem quem lhe ame.
SUPERPAUTA – Deixe eu ler
a sua...
PETER PAN – Vamos ver se
você sabe ler.
SUPERPAUTA – Por incrível
que pareça, você é uma pessoa que goza de boa saúde. Porém, talvez por conta
dos excessos, essa boa saúde está começando a definhar. Está vendo aqui?
Observe a sua linha da vida e veja como ela vai se deteriorando...
SUPERPAUTA – É não. Isso
aqui é a sua desgraça. Vai acontecer um problema com você.
PETER PAN – Já aconteceu
e eu superei.
SUPERPAUTA – Aqui na linha
da cabeça também vejo dias difíceis.
PETER PAN – Você não
enxerga nada.
SUPERPAUTA – O problema
que você superou foi mais emocional do que físico. Está aqui a marca.
PETER PAN – Não, não,
não... Foi coisa de faca mesmo!
SUPERPAUTA – Posso ler o
resto?
PETER PAN – Não. Agora
chega. Você não sabe nada, está querendo inventar.
SUPERPAUTA – Se não sei de
nada, por que o receio? Posso contar toda a verdade que vi na sua mão?
PETER PAN – Nem a pau.
SUPERPAUTA – Deixe eu
dizer o que eu vi...
PETER PAN – Nem a pau.
SUPERPAUTA – Você sabe o
que eu descobri...
PETER PAN – NÃO!!! CALA A
BOCA!!! Não deixe o povo saber, se não vai ser real.
SUPERPAUTA – Então vamos
continuar nossa entrevista. Onde a gente estava?
PETER PAN – Nos
paradoxos. Sabe o que é um paradoxo? Sabe porque a minha mãe não me amava? Porque
ela continuava amando o meu pai e eu era parecido com ele. Era um amor ao
contrário.
SUPERPAUTA – Posso fazer
uma pergunta crucial para a nossa entrevista? Sua mãe queria lhe matar...
PETER PAN – Meu pai não
queria morrer...
SUPERPAUTA - ... você era
realmente filho do seu pai?
PETER PAN – Procurei me
manter fiel. Meu pai era revolucionário. Eu mantive a revolução. Minha mãe
tentou me matar enquanto eu era inofensivo.
SUPERPAUTA – Você não quer
responder se realmente era filho do seu pai. Está tergiversando.
PETER PAN – Você não fez
a pergunta certa, no tempo certo.
SUPERPAUTA – Então, me
ajude.
PETER PAN – Quando
criança, sim. Mas depois passei a ser uma ameaça. Tentaram me matar de tudo o
que foi jeito, mas não conseguiram.
SUPERPAUTA – Quais as formas?
Você é muito persistente.
PETER PAN – Eu era deste
tamanhozinho e morava dentro de uma caixa de sapatos. Chorava dia e noite. A
condição financeira dos meus pais era péssima. Meu pai era bebum. Minha mãe
cozinhava feijão, que era a única coisa que tinha para a gente comer.
Misturávamos com farinha. Meu pai ia para o boteco e batia na minha mãe, quando
voltava para casa. Minha mãe tentou me matar. Minhas irmãs não deixaram. Ela
pegou a caixinha de sapatos, botou debaixo do braço e foi para o banheiro.
Minhas irmãs impediram.
SUPERPAUTA – Qual a idade
de suas irmãs quando isso aconteceu?
PETER PAN – Cinco e sete
anos. Elas gritaram e pediram para minha mãe não fazer aquilo.
SUPERPAUTA – Onde suas
irmãs estão hoje em dia?
PETER PAN – Uma delas, Fátima, foi locutora de um
dos primeiros supermercados do Carrefour, em São Paulo. Não sei o que ela faz
hoje. A outra, Silvia, está procurando vaga como doméstica. Está difícil. Ela
tem mais de 60 anos.
SUPERPAUTA – Quer dizer
que você sobreviveu à essa tentativa de assassinato...
PETER PAN – Sim, até que
provem o contrário.
SUPERPAUTA – Sobreviveu ou
escapou?
PETER PAN – Taí uma linha
divisória bem difícil. Talvez eu tenha até morrido naquela época e nunca
percebi. Dizem que praga de mãe nunca sai.
SUPERPAUTA – Você estudou?
PETER PAN – Sou
autodidata. Aprendo qualquer coisa, a partir do momento em que eu quero. Fui o
criador do vírus de computador, na era da informática. Nasci no dia 3 de março
de 1957. Eu criei o vírus de 3 de março, que acabou com a informática e meteu o
pau na IBM. (NOTA: o vírus Michelangelo,
primeiro a repercutir na mídia, foi ativado em 1992, no dia 6 de março, dia do
nascimento daquele artista renascentista. A partir daí, as vendas de antivírus
decolaram. A participação de Peter Pan neste fato é crível apenas na Terra do
Nunca).
SUPERPAUTA – Mas você não
respondeu se algum dia estudou em escolas...
PETER PAN – Fui
frequentador da Biblioteca de São Paulo.
Também estudei Paulo Coelho.
Também estudei Paulo Coelho.
SUPERPAUTA – Paulo Coelho não
tem nada a ensinar a ninguém... Como foi sua vida até os 15 anos de idade?
PETER PAN – Além de
dormir no Arpoador e sair com Raul Seixas torrando dinheiro no Rio...
SUPERPAUTA – Explique como
você saiu de São Paulo e apareceu no Rio de Janeiro.
PETER PAN – A pé. Conheço
a Dutra toda. Eu estava afim de aventurar. Conheci um hippie que só comia
cogumelos, mais nada. Chegou a ir para o hospital. Você não conheceu a malucada
do Brasil...
SUPERPAUTA – O que você
fez no Rio?
PETER PAN – Tomei drinque
com o maestro Tom Jobim, com Toquinho...
SUPERPAUTA – Você procurou
emprego no Rio? Tentou se aprumar na vida?
PETER PAN – Consegui,
cara. Aliás, quis... Tentei arrumar emprego como taxista. Não deu certo porque
eu não tinha carteira. Em São Paulo eu dirigia sem carta; no Rio, não. Em São
Paulo dirigi cinco anos sem ser incomodado. No Rio, não.
SUPERPAUTA – Em que você já
trabalhou?
PETER PAN – Vou tomar
mais um gole de cerveja porque ela não está funcionando. Trabalhei por debaixo
do pano.
SUPERPAUTA – Fazendo
aborto?
PETER PAN – Sou a favor
do aborto desde que a mulher não esteja grávida.
SUPERPAUTA – Você é muito
ensaboado.
PETER PAN – A mulher não
estando grávida, sou a favor do aborto.
SUPERPAUTA – Contanto que
você faça o aborto...
PETER PAN – Claro que vou
estudar muito bem a situação. Muita calma nessa hora. Pra quem não pode comer
bacalhau, só sentir o cheiro já basta. Deixa eu dar uma fumada.
SUPERPAUTA – Fume logo
dois de uma vez! Mas, responda: você nunca trabalhou fixo em nenhum lugar?
PETER PAN – Cara, eu
nunca tive muito tempo disponível para uma atividade apenas. Eu sempre tive
tanta coisa para fazer que não deu. (Risos). Não dá para fazer uma coisa só. É
ser unilateral, é exigir demais. Se eu puder ser o guardião da verdade, vou ter
que enxergar todos os parâmetros desta verdade.
SUPERPAUTA – Como se deu
sua transferência do Rio de Janeiro para Brasília?
PETER PAN – Seria penúria
demais vir a pé, então, vim de bike.
Digamos que as atenções estavam voltadas para Brasília. Em 1986 foi assinado um
tratado dizendo que haveria transporte de graça para todos os estudantes. Até
hoje não foi cumprido, por que?
SUPERPAUTA – Provavelmente
faltou tinta na caneta do primeiro signatário deste documento.
PETER PAN – Quer dizer
que nem a caneta prestou nessa hora...
SUPERPAUTA – Documento sem
assinatura não vale.
PETER PAN – Outra palhaçada
é a Constituição não ter uma lei da mendigagem. A mendicância existe desde o
começo da humanidade, foi a primeira profissão do ser humano. Depois foi que
surgiu a prostituição.
SUPERPAUTA – Há
controvérsias...
PETER PAN - É fácil de
provar: primeiro você pede, depois é que tem que dar. O que significa E=mc2?
SUPERPAUTA – É a equação
matemática que faz parte da teoria da relatividade.
PETER PAN – Significa que
a energia é igual a massa multiplicada pelo quadrado da velocidade da luz. Eu
também sei.
SUPERPAUTA – O que você
acha sobre o carma?
PETER PAN – Vá com
“carma”... Vá com “carma”. Não tem jeito de andar sem “carma”. Ou vai com
“carma”, ou não vai...
SUPERPAUTA – Carmicamente
falando, você acha que sairá do planeta terra melhor?
PETER PAN – Você acha que
eu vou na sua ou na minha opção? Você tem opções? Você acha que vou acompanhar
o seu raciocínio? Eu sou “PHD”. Sou “phoda”, com “PHD”. Eu ainda não fiz a
melhor parte, mas chegarei lá. Ninguém sabe o que eu ainda vou fazer. Tudo é
relativo. Eu precisaria de dois filhos para ter motivo para ter um emprego.
SUPERPAUTA – Ah, então
agora está justificado o fato de você não querer mais nada com sexo. Sem sexo,
não nascerão os dois filhos que teoricamente fariam com que você precisasse trabalhar.
PETER PAN – Pela diretriz
do seu questionamento, pode até ser. Mas, na realidade, eu já “tengo tantos
hermanos que no los puedo contar”. (NOTA:
Referência à canção Los Hermanos, de Atahualpa Yupanqui).
SUPERPAUTA – Você já
esteve em outros países?
PETER PAN –
Espiritualmente eu conheço todo o Peru. No Natal sonho com um peru na mesa. Só
não posso exagerar no peru, porque a champanhe tem que ter seu espaço.
SUPERPAUTA – Ainda não
ficou bem clara sua passagem pelo Rio de Janeiro...
PETER PAN – Fui pescador
de mariscos lá na Urca. Eu não tinha uma mulher, frequentava os cabarés da
Lapa. Cheguei em Brasília no ano em que a Zélia Cardoso abandonou o barco e
deixou o Ministério na era Collor. Ela foi quem tirou Dilma Rousseff da cadeia.
Ela era filha do secretário de Segurança de São Paulo quando a Dilma estava
presa.
SUPERPAUTA – Essa sua
conversa está sem futuro. Que história é essa? É mentira.
PETER PAN – Você não sabe
disso? Sabe como ela conseguiu trabalhar com Collor? Só depois que Zélia tinha
trabalhado na equipe de transição do governo. Ele nem sabia que ela era sua
prima. Nenhum dos dois sabia do outro. Você sabe como foi criado o salário
mínimo brasileiro?
SUPERPAUTA – Não.
PETER PAN – Foi depois de
um jantar no Terraço Itália, em São Paulo. As autoridades pegaram o valor da
despesa, dividiram por pessoa, e definiram como salário mínimo. Cada
trabalhador receberia por mês o correspondente a um jantar de gala. Outra coisa
que certamente você não sabe foi o que Delfim Netto falou na saída do
Ministério: “a corrupção é uma forma de política”. Falou ali, ao vivo e a
cores.
SUPERPAUTA – Mas como você
chegou em Brasília?
PETER PAN – Vou falar
igual ao JK: “cheguei de Galaxie, cheguei de Galaxie”...
SUPERPAUTA – Capriche aí
nas respostas porque essa entrevista vai ser publicada na Internet e,
provavelmente, em pouco tempo você estará sendo procurado pela produção de Jô
Soares para participar do programa dele na Globo.
PETER PAN – PQP! Deixa ao
menos Jô se recuperar da morte do filho dele.
SUPERPAUTA – Qual a diferença
que você encontrou em Brasília, depois de ter morado no Rio e em São Paulo?
PETER PAN – É que aqui se
chover eu me molho. Em compensação, se eu soltar meus raios, vou fazer trovões.
SUPERPAUTA – Você está
vendo, aqui no gravador, que cada palavra que eu falo repercute nesta linha que
registra a gravação? Isso significa a sua vida passando a conta-gotas.
PETER PAN – Uau! Poderia
ser pior. Poderia ser um terremoto com registro alto na escala Richter.
SUPERPAUTA – E em
Brasília, você faz o que?
PETER PAN – “Viver e não
ter a vergonha de ser feliz. Cantar e cantar e cantar a beleza de ser um eterno
aprendiz”. (NOTA: Citando O que é o que
é, de Gonzaguinha). Antigamente era bem melhor. Eu já tinha conhecidos por
aqui. Trabalhei como mecânico. Sou capaz de construir uma nave espacial.
SUPERPAUTA – É capaz
também de prever o futuro do Brasil?
PETER PAN - O Brasil só
tem uma esperança: não esperar muito. “Quem sabe faz a hora, não espera
acontecer”. (NOTA: citação de Pra não
dizer que não falei das flores, de Geraldo Vandré).
Muito boa essa entrevista. vale a pena conferir!
ResponderExcluirSupreendente
ExcluirIncrível!
ExcluirAdorei a entrevista!